Covid-19: um laboratório para a compreensão dos moldes de atuação das forças policiais.

Autores

  • Monica de Melo Freitas
  • Ivone Freire e Costa

Palavras-chave:

Covid-19, Tipos de Ação, Forças Policiais, Portugal

Resumo

Este artigo caracteriza e pondera a atuação das polícias no combate à pandemia causada por Covid-19 em Portugal. Tem como hipótese inicial que as ações de natureza preventiva, na crise sanitária, seriam privilegiadas em contraposição às ações de natureza coercitiva, a considerar que as corporações adotariam o modelo de atuação de policiamento de proximidade, implantado a partir de 2007. Os resultados obtidos através da aplicação de um modelo de análise compreensivo contrariam a hipótese inicial ao demonstrar que as forças policiais privilegiaram durante o período de gestão da crise pandêmica as ações de natureza coercitiva sob forma de ações de fiscalização e de aplicação de autos de contraordenação em detrimento das ações de sensibilização para adoção de comportamentos seguros.

Biografia do Autor

Monica de Melo Freitas

Docente e Investigadora em Ciências Sociais. Universidade Nova de Lisboa UNL/ Universidade Federal da Bahia - UFBA.

Ivone Freire e Costa

Docente e Coordenadora do Programa de Pós- Graduação em Segurança Pública da Universidade Federal da Bahia - UFBA.

Referências

ALMEIDA, Filipe. 2010. Ética, Valores Humanos e Responsabilidade Social das Empresas. Cascais: Principia.

COSTA, Ivone F. 2003. Polícia e Sociedade no Brasil: o caso de salvador. Tese (Doutorado em Sociologia Económica e das Organizações). Orientador: Prof. Dr. José Maria Carvalho Ferreira. Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa ISEG/ UTL. Lisboa, Portugal. 2003.

DURÃO, Susana; SEABRA, Daniel Lopes. 2015. Formação Internacional, Comunidades de Saberes e Mudança Institucional: os Oficiais de Polícia Africanos Formados em Lisboa. Revista Politeia, Ano X-XI-XII-2013-2014-2015, 122-140.

GARRIGA, Elizabet; MELÉ, Domènec. 2004. Corporate Social Responsibility Theories: Mapping the Territory. Journal Of Business Ethics, 53(1): 51–71. http://link.springer.com/article/10.1023/B%3ABUSI.0000039399.90587.34

GRAVELLE, James; ROGERS, Colin. 2011. Policing public protests and corporate social responsibility. International Journal of Law, Crime and Justice, 39: 111- 120.

KEANE, John; BELL, Peter. 2013. Confidence in the Police: Balancing Public Image with Community Safety - A Comparative Review of the Literature. International Journal of Law, Crime and Justice (41), 233- 246.

MASON, David; HILLENBRAND, Carola; MONEY, Kevin. 2014. Are Informed Citizens more Trusting? Transparency of Performance Data and Trust towards a British Police Force. J Bus Ethics (122), 321-341. doi: 10.1007/s10551-013-1702-6

PHILLIPS, Scott W; SOBOL, James J.. 2011. Police Attitudes about the Use of Unnecessary Force: an Ecological Examination. Journal Police Crim Psych (26), 47-57.

PONCIONI, Paula. 2015. O Modelo de Policiamento Comunitário nos Programas de Educação Policial: uma Breve Revisão da Literatura Especializada sobre o Assunto. Revista Politeia, Ano X-XI-XII- 2013-2014-2015, 127-140.

PORTER, Michael E., KRAMER, Mark R. 2006. Strategy and Society: The Link between Competitive Advantage and Corporate Social Responsibility. Harvard Business Review 84 (12). Disponível em: https://hbr.org/2006/12/strategy-and-society-the-link-between competitiveadvantage-and-corporate-social-responsibility

––––.1996. Clusters and Competition. Cambridge MA: Harvard University Press.

SCHERER, Andreas Georg; PALAZZO, Guido. 2011. The New Political Role of Business in a Globalized World: A Review of a New Perspective on CSR and its Implications for the Firm, Governance and Democracy. Journal of Management Studies (48)4: 899-931. DOI 10.1111/j.14676486.2010.00950.

SWIFT, Tracey; ZADECK, Simon. 2002. Corporate Responsibility and the Competitive Advantage of Nations. London e Copenhagen: AccountAbility e The Copenhagen Centre. Disponível em: http://www.accountability.org/images/content/0/9/095/Competitive%20Advantage%20-%20Full%20Report.pdf

TERPSTRA, Jan. 2011. Two Theories on the Police. The Relevance of Max Weber and Emile Durkheim to the Study of the Police. International Journal of Law, Crime and Justice, 39: 1-11.

VALENTE, Manuel M. G. 2015a. O(s) Saber(es) e a Formação como Nómos de Afirmação dos Modelos Constitucionais de Polícia. Revista Brasileira de Segurança Pública. 9 (1). fevereiro/ março 2015. Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 34-48. ISSN 1981-1659.

VOGEL, David. 2006. The Market for Virtue: The Potential and Limits of CSR. Washington: The Bookings Institution.

WALSH, Dermont P. J. CONWAY, Vicky. 2011. Police Governance and Accountability: Overview of Current Issues. Crime Law Soc Change, 55: 61-86. DOI. 10.1007/s10611- 011-9269-6.

ZELIZER, Viviana A. R. 1983. Morals and Markets: The Development of Life Insurance in the United States. New Brunswick NJ: Transaction Books.

OUTRAS REFERÊNCIAS

Constituição da República Portuguesa. 2005. VII Revisão Constitucional. Artigo nº 27.

Declaração Universal dos Direitos do Homem. Resolução 217A (III) de

de dezembro de 1948. Artigo n.º 3.

Downloads

Publicado

18-07-2024

Como Citar

de Melo Freitas , M., & Freire e Costa, I. (2024). Covid-19: um laboratório para a compreensão dos moldes de atuação das forças policiais. Periódico Científico PMPA EM REVISTA, 1(1), 59–69. Recuperado de https://revista.pm.pa.gov.br/index.php/pmpaemrevista/article/view/8

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.